16 janeiro 2011

Relatório de observação: reprodução sexuada nas plantas com flor

1.TEMA/TEORIA:
Reprodução sexuada nas plantas com flor

2.RESUMO:
A reprodução é um conjunto de processos em que os seres vivos originam novos indivíduos idênticos a si próprios. Há 2 tipos de reprodução: sexuada e assexuada. A reprodução sexuada ocorre através da fusão de gâmetas, tendo maior variabilidade genética do que a assexuada (em que não existem células especializadas).
Nas plantas com flores, existem orgãos reprodutores responsáveis pelo desenvolvimento de sementes e que permitem, deste modo, a reprodução sexuada através de diferentes mecanismos. Uma flor, pode possuir apenas orgãos reprodutores femininos (carpelos) ou orgãos reprodutores masculinos (estames), tratando-se de flores unissexuadas femininas ou flores unissexuadas masculinas, respectivamente. Existem também flores hermafroditas, ou seja, possuem órgão reprodutores masculinos e femininos.

3. PALAVRAS-CHAVE:
flor, reprodução sexuada, antera, polinização, carpelo, oosferas, anterozóides, tubo polínico,zigoto, semente, fruto, fecundação, haplodiplonte, meiose pré-espórica.
4.OBSERVAÇÃO:

  • Estrutura da flor

  • Carpelo

  •  Ovário
(corte transversal)                                                                                              


(corte longitudinal)

  • Antera




  • Grãos de pólen




  • LEGENDA:
  1. Pétala
  2. Estigma
  3. Antera
  4. Estilete
  5. Ovário
  6. Filete
  7. Óvulo
  8. Grão de pólen
  • Análise:
A flor de Lilium apresenta os seus óvulos encerrados no ovário, como é possível observar-se na primeira imagem e possui 6 pétalas (múltiplo de 3). Não foi possível distinguir-se o cálice da corola  (perianto indiferenciado). Pode ainda observar-se que possui ovário tricarpelar.


5.DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:

   A partir das observações registadas, foi possível concluir que a planta é uma angiospérmica, monocotiledónea. É hermafrodita, uma vez que possui estames (antera e filete) e carpelo (estigma, estilete e ovário). No entanto, é hermafrodita insuficiente, pois o carpelo situa-se acima dos estames, sendo necessário, para a sua reprodução, que ocorra polinização cruzada. Este processo de polinização corresponde ao transporte de grãos de pólen para flores diferentes, assegurando assim uma maior variabilidade genética dos descendentes.
   Os grãos de pólen são produzidos nos sacos polinicos (gametófitos masculinos) que se localizam nas anteras. Por acção de agentes polinizadores (como, por exemplo, o vento) os grãos de pólen são transportados para o estigma de outra flor. Ao longo do estilete, os grãos de pólen podem germinar e, produzem um tubo polínico, onde se formam os anterozóides. Estes, fecundam com as oosferas, formadas no interior dos óvulos (gametófitos femininos), localizados nos ovários. Esta fusão de gâmetas (fecundação) origina um zigoto que, por mitoses sucessivas, dó origem ao embrião.
   Depois da fecundação, os óvulos originam as sementes, que são envolvidas pelo pericarpo. O conjunto destas 2 esruturas corresponde ao fruto.
   O ciclo de vida da planta é haplodiplonte porque a meiose é pré-espórica, sendo que a haplofase/geração gametófita se inicia com os esporos e a diplofase/geração esporófita com o zigoto, tratando-se, por isso, de um ciclo celular em que as haplofase e diplofase possuem um grau de desenvolvimento semelhante, sendo que a haplofase se encontra um pouco mais desenvolvida.
  • Referências:
        - Amparo Silva, Maria Gramaxo, Almira Baldaia, José Félix. "Terra Universo de Vida", 1ª parte - Biologia. Editora Porto Editora


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